segunda-feira, 17 de março de 2014

Após caças, Saab agora vende mísseis ao Brasil

Resenha EB / Estadão.com.br / Roberto Godoy
17 Mar 2014

Exército compra lote dos suecos antes de concluir negociação, ordenada por Dilma, com fabricante de produto similar da Rússia

O Comando do Exército comprou um lote de mísseis antiaéreos RBS70, suecos, fabricados pela Saab. É o mesmo grupo empresarial que fornecerá, a partir de2018, 36 caças GripenNG para a Força Aérea Brasileira, um negócio de US$ 4,5 bilhões.

O contrato dos mísseis é menor, vale R$ 29,5 milhões e inclui lançadores portáteis, suporte logístico, simuladores, equipamentos de visão noturna, ferramental, treinamento de manutenção e cursos de operação, além, claro, do próprio míssil, do tipo Mk2.

Ao mesmo tempo, prossegue a operação entre o Ministério da Defesa e o governo da Rússia para aquisição dos Igla-S9K38, versão recente do míssil leve de porte pessoal, disparado por só um artilheiro – a rigor, um produto da mesma classe do RBS70. Dirigido por laser, tem capacidade entre 250m e 8 km.

A negociação com o fornecedor russo é uma determinação direta da presidente Dilma Rousseff, depois de reunião pessoal em Moscou com o primeiro-ministro Dmitri Medvedev e o presidente Vladimir Putin, em dezembro de 2012. Em nota oficial, o Exército destaca que "não há relação direta entre os temas".

A acomodação dos modelos de mísseis na Força foi obtida pela dotação do Igla-S9K38, russo, para a Brigada de Infantaria Paraquedista. Já o RBS70/Mk2, sueco, será encaminhado para uso nos grupos da 1.ª Brigada de Artilharia Antiaéreae das Brigadas de Infantaria Mecanizada.

Pacote. Essa transação faz parte de um pacote maior, envolvendo três baterias (16 veículos semiblindados) do sistema de médio alcance Pantsir S1, destinado a cobrir alvos aéreos a 15 km de altura e 20 km de distância. É uma engenhosa combinação de mísseis e canhões duplos de 30 milímetros. A discussão abrange dois conjuntos do Igla e eventualmente uma joint venture para produzir a arma no País. Uma cláusula de transferência de tecnologia protege o acesso brasileiro ao conhecimento dos dois modelos. O investimento exige acima de US$ 1 bilhão.

O Ministério da Defesa enviará a Moscou nas próximas semanas um grupo que fará os ajustes finais na transação. Além dos militares, integram o grupo empresas como Odebrecht Defesa e Tecnologia, Embraer Defesa e Segurança, Avibrás Aeroespacial, MectroneLogitech. Pelo governo, participaram analistas do Ministério do Desenvolvimento, do BNDES e da Agência de Desenvolvimento da Indústria.

A rigor, as empresas agregadas à missão que esteve na Rússia poderão receber incumbências de produção de partes e componentes. A fabricação local do Igla-S9K38 pode ficar a cargo da Odebrecht Defesa e Tecnologia, por meio da associada Mectron. Os radares caberiam à Bradar, da Embraer Defesa e Segurança, e propulsão e a fuselagem ficariam por conta da Avibras. Nenhuma das empresas comenta a informação.

A aquisição do sistema RBS70 segue o Projeto Estratégico de Defesa Antiaérea. A arma será integrada às facilidades de comando e controle desenvolvidas pelo Exército e fabricado pela Bradar.
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