segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Na embaixada do Brasil, Zelaya agradece governo Lula e pede diálogo
Folha - O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, agradeceu nesta segunda-feira ao colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, pelo apoio no seu retorno à capital Tegucigalpa e afirmou que viajou para "dialogar e trilhar um caminho para voltar à paz e tranquilidade". Ele pediu ao povo hondurenho que vá à capital protegê-lo e às Forças Armadas que não intervenham para tentar tira-lo do país. O hondurenho chegou nesta segunda-feira a Tegucigalpa e buscou abrigo na Embaixada do Brasil, pois há ordens de prisão expedidas contra ele. Em entrevista concedida à TV Telesur por telefone, Zelaya revelou que já conversou com o chanceler brasileiro, Celso Amorim, e que aguarda um telefonema do presidente Lula, que viaja para Nova York, onde participará nesta quarta-feira (23) da abertura da Assembleia Geral da ONU. Zelaya foi deposto nas primeiras horas do dia 28 de junho, dia em que pretendia realizar uma consulta popular sobre mudanças constitucionais que havia sido considerada ilegal pela Justiça. Com apoio da Suprema Corte e do Congresso, militares detiveram Zelaya e o expulsaram do país, sob a alegação de que o presidente pretendia infringir a Constituição ao tentar passar por cima da cláusula pétrea que impede reeleições no país.
O presidente deposto, cujo mandato termina no início do próximo ano, nega que pretendesse continuar no poder e se apoia na rejeição internacional ao que é amplamente considerado um golpe de Estado --e no auxílio financeiro, político e logístico do presidente venezuelano, Hugo Chávez-- para desafiar a autoridade do presidente interino e retomar o poder.
Isolado internacionalmente, o presidente interino resiste à pressão externa para que Zelaya seja restituído e governa um país aparentemente dividido em relação à destituição, mas com uma elite política e militar --além da cúpula da Igreja Católica-- unida em torno da interpretação de que houve uma sucessão legítima de poder e de que a Presidência será passada de Micheletti apenas ao presidente eleito em novembro. As eleições estavam marcadas antes da deposição, e nem o presidente interino nem o deposto são candidatos. http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u627034.shtml
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