Resenha EB / O Globo
10 Mar 2014
Cenas de confrontos em Caracas se repetem pelo interior do país
Ao contrário do que o governo de Nicolás Maduro costuma alardear, as manifestações contra sua gestão não estão restritas a áreas nobres de Caracas. Os jornais "Correo del Caroní", "El Tiempo", "El Carabobeño"e "El Informador" mostram que os protestos — assim como a violência por vezes associada a eles, seja por parte de policiais, seja por parte de manifestantes — estão espalhados por vários pontos da Venezuela.
CIUDAD GUAYANA
BOMBA DE GÁS FERE JOVEM
Oito estudantes que protestavam em Ciudad Guayana, no estado de Bolívar, foram atacados pela polícia estadual com bombas de gás lacrimogêneo. Uma delas atingiu o olho esquerdo do estudante Kevin Samuel Bejarano, de 22 anos, causando a fratura de um osso da face. — Atiraram as bombas praticamente à queima-roupa — denunciou a mãe do rapaz, que não se identificou, ao "Correo del Caroní". Estudante de Relações Industriais em uma faculdade local, Bejarano passou por uma cirurgia e ainda seria operado novamente por causa do ferimento.
LECHERÍA
TIROS CONTRA PROTESTO
O prefeito de Lechería, Gustavo Marcano, divulgou três vídeos gravados por câmeras de vigilância da cidade nos quais policiais do estado de Anzoátegui aparecem atirando e perseguindo estudantes que faziam um protesto. — Os funcionários da polícia desceram de suas motos e começaram a reprimir uma manifestação pacífica, que não fechava nenhuma pista da avenida — afirmou o prefeito, segundo o jornal "El Tiempo". Segundo Marcano, a ação policial deixou quatro feridos. O prefeito se comprometeu a repassar as gravações para o Ministério Público. Luis Edgardo Mata, coordenador de Direitos Humanos da coalizão de oposição ao governo chavista, afirmou que a polícia estadual está "agindo de forma criminosa" e responsabilizou o governador Aristóbulo Istúriz pela violência. — Os crimes contra a Humanidade não prescrevem — disse. Estudantes em várias regiões de Anzoátegui garantiram que vão continuar organizando protestos e montando barricadas. Na cidade de Anaco, lideraram a formação de uma corrente humana para repudiar a ação da Guarda Nacional Bolivariana nos protestos.
VALENCIA
BARRICADAS E VANDALISMO
Na cidade de Valencia, um dos principais epicentros dos protestos na Venezuela, um grupo de estudantes foi às ruas para pedir que o governador de Carabobo, Francisco Ameliach, seja levado à julgamento. Eles acusam o político de incitar a violência contra manifestantes e querem que o governador seja responsabilizado pela morte da miss Génesis Carmona, assassinada durante protesto em Valencia no mês passado. Barricadas montadas por opositores se espalham por várias cidades de Carabobo, afetando o movimento de estabelecimentos comerciais que enfrentam também a ação de extremistas. Segundo testemunhas, um grupo de pelo menos 60 vândalos encapuzados e armados depredou um restaurante, uma loja de bicicletas e um supermercado.
BARQUISIMETO
PANELAÇO CONTRA GOVERNO
Moradores de 11 bairros de Barquisimeto, uma das maiores cidades da Venezuela, foram às ruas fazer um panelaço contra o governo de Nicolás Maduro apesar de, segundo os manifestantes, terem sido ameaçados por "coletivos" chavistas. A cidade tem sido palco de manifestações há mais de 20 dias, mas desta vez o protesto foi em um reduto chavista e recebeu o apoio de estudantes universitários.
— Não se trata de cores políticas. Os problemas afetam todos, o que queremos é que a situação mude — protestou Eliana Lameda, mãe solteira que sofre com a falta de leite para fazer as sobremesas que vende para se sustentar.
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